Os Insights dos executivos de um banco com 79 anos.

Insights, o podcast do Bradesco. Olá! Bem-vindos a mais um episódio do Insights,
o seu podcast semanal que provoca um novo jeito de pensar. E hoje estamos com uma edição para lá de
especial, diretamente da Cidade Deus, a sede do nosso Bradesco. E temos dois convidados muito ilustres! Nós vamos fazer uma conexão com a economia
atual, vamos falar também sobre as transformações que virão, sobre banco digital, inovação
o que que muda para o cliente, mas também será um momento para você conhecer um pouco
mais dos nossos bastidores. Já gravamos mais de 100 episódios de forma
virtual e hoje, como eu já contei, estou aqui na Cidade Deus presencialmente com os
nossos convidados. E o Bradesco completou 79 anos e tem muita
história para celebrar e para contar com milhões de outras. E por isso, hoje eu tenho o enorme prazer
de receber no Insights o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior. Octavio, bem-vindo ao Insights. Obrigado, Priscila. É uma honra estar aqui com vocês nesse Insights
que a gente sabe o quão importante é, o trabalho dedicado que vocês têm para fazer
esse programa, para levar isso para os nossos amigos, para as nossas amigas e para os nossos
clientes, então para mim é uma honra estar aqui com você. Muito legal! E, também pela primeira vez aqui no Insights,
eu tenho o prazer de receber o vice-presidente do Banco de Atacado do Bradesco, Marcelo Noronha. Obrigado, obrigado mesmo pelo convite aqui! É um prazer estar ao lado do Octavio aqui,
né? Ao seu lado também, para gravar esse podcast
tão especial aqui para a gente. Eu sou a Priscila Forbes, vocês já me conhecem,
sou a apresentadora do Insights. Vamos começar aqui falando sobre este momento
que a gente está vivendo, não só na economia, mas este momento de tensões geopolíticas
também, né? Então por um lado, a gente viu uma recuperação
da economia global, né? As principais economias se recuperando após
o período da pandemia, crescendo a taxas acima da média histórica, né? Mas esse crescimento também veio com muitos
desafios, né? A gente viu muita volatilidade nos mercados,
a gente viu a inflação muito alta e os bancos centrais com dificuldade de controlar essa
inflação, então os bancos centrais subindo aí as suas taxas de juros, né? E queria ouvir aqui, começando com o Octavio. Octavio, como é que o banco tem enxergado
todo esse panorama econômico, né? E quais são as principais expectativas para
esse ano tão desafiador, né? Considerando que teremos também eleições
aqui no Brasil, então tudo isso traz mais ruído e mais volatilidade para o mercado. E saindo dessa crise deste momento, como que
a gente está saindo, que lições a gente está levando desse período pós-pandemia? Priscila é uma pergunta difícil, complexa,
que a gente poderia passar o dia inteiro aqui falando sobre ela. Mas, eu acho que de maneira geral o que a
gente observa é a dificuldade de todos os bancos centrais e não só o brasileiro, mas
o mundo inteiro em lidar com essa nova situação, né? Uma situação que a gente sai ou pelo menos
está quase saindo de uma situação de pandemia que a gente nunca tinha vivido isso, né? A última vez que aconteceu isso faz muito
tempo, então nenhum de nós dessa geração ou dessas gerações atuais viveram o que
é passar a pandemia e quer queira, quer não, a gente tem que considerar que tivemos 5 milhões
de mortes no mundo inteiro por conta da Covid. Graças a Deus que a ciência soube rapidamente
implementar os processos para a gente descobrir as vacinas adequadas para cuidar desse problema
que parece que vem diminuindo, mas enfim é um problema complexo para se cuidar, porque
todas as economias, todos os governos de todos os países do mundo precisaram de alguma maneira
colocar algum tipo de incentivo para as pessoas, para a sociedade, para poder atravessar esse
momento mais desafiador da pandemia. E isso deixa reflexos que não são bons,
as pessoas se endividaram mais, o desemprego cresceu e quando você tem as pessoas um pouco
mais endividadas ou mais endividadas, quer seja no Brasil, na China, nos Estados Unidos,
na Alemanha ou em qualquer lugar que seja, o mais importante é que as taxas de juros
ficassem pequenas para que as pessoas pudessem alongar o prazo das suas dívidas e terem
condição de retomar a sua vida financeira. Isso tanto na pessoa física quanto as pequenas
e médias empresas que são as que mais sofrem. Mas, infelizmente o que a gente está observando
é um aumento de taxa de juros em todos os países do mundo e aqui em especial, saímos
de 2%, já estamos em 11% e provavelmente vamos passar de 12%, isso é ruim para a economia
como um todo. E isso se repete em todos os países no mundo,
inclusive nos Estados Unidos, a gente viu uma inflação nos Estados Unidos que não
se via há mais de 40 anos. Então são fatos bastante preocupantes, primícias
que preocupam a todos nós, mas a gente tem que ter o pé no chão, viver um dia de cada
vez para poder suportar este momento que a gente está vivendo. Não fosse tudo isso, ainda esse problema
agravado por conta do conflito entre a Rússia e a Ucrânia que é um problema não só de
caráter social humanitário, mas um problema que certamente já está trazendo reflexos
na economia de todos os países do mundo. Então veja, não são variáveis simples
de se lidar, a gente vai ter que ter calma, muita serenidade, muita sabedoria e muita
tranquilidade neste momento para a gente viver, eu diria para você, talvez como lá no começo
da pandemia, Priscila, a gente vai ter que viver um dia de cada vez para tomar as melhores
decisões, ser muito conservador, pautado em boas decisões e muita análise para a
gente tomar as medidas necessárias para que as empresas possam sobreviver. Isso é o mais importante: que as empresas
possam sobreviver, possam recuperar a sua capacidade de gerar riqueza e, portanto, se
gera riqueza gera trabalho e, portanto, se as pessoas tiverem trabalho, elas vão conseguir
se recuperar ao longo do tempo. Não é um momento fácil, é um momento difícil
para todos nós, mas eu acho que a gente já passou por muita coisa difícil, especialmente
nós no Brasil que vivemos uma série de dificuldades de planos econômicos etc. Então este é um momento de muita serenidade
onde a gente vai talvez dar o nosso melhor, o maior esforço que a gente possa fazer,
cada um dentro das suas empresas, dos seus negócios, das pessoas físicas, os microempresários
para que a gente possa recuperar a economia brasileira e voltar num perfil ou, melhor
dizendo, numa rota de crescimento que é o que a gente precisa para poder enfrentar esse
momento gravíssimo que a gente está sofrendo e que certamente vai mudar. Não no curto prazo, mas vai mudar no médio
e no longo prazo o ambiente, o desenho geopolítico do mundo inteiro. Em alta. Noronha, o Octavio falou muito dessa questão
do endividamento das empresas, né? E você como responsável pelo Banco do Atacado,
onde temos o nosso segmento Corporate que é aí o principal parceiro dos nossos clientes
corporativos, dessas empresas que estão com o Bradesco há muitos anos, né? E o Bradesco procurou no início da pandemia
ajudar essas empresas, né? Demos carências, ajudamos ali as empresas
a recomporem um pouco a situação financeira delas. Como que é a sua leitura do momento atual,
né? Essas empresas estão mais ou menos alavancadas,
endividadas, como é que elas estão sendo afetadas por esse momento aí de elevação
de juros? Obrigado, Priscila. Veja, aqui eu vou dar continuidade àquilo
que o Octavio estava respondendo, a gente tem que separar as companhias em função
dos seus setores, dos seus tamanhos, né? Porque uma coisa é a gente falar do small
business, né? Então pegar as pequenas empresas, como você
falou, a gente aqui fez um esforço grande, né? As equipes aí nesse caso do varejo, né? Eles trabalharam muito no ano passado junto
com a equipe de crédito para a gente dar esse fôlego durante o ano de 2020 e 2021
para essas companhias. Isso passou também pelo middle-market, né? Que também já está no seguimento Coporate
do Atacado e várias empresas aqui tiveram um fôlego adequado para seguir sua rota e
não se apertar em relação ao seu fluxo de caixa. Nas grandes empresas, o Bradesco lá no início
2020 que a gente viveu aquele momento de super incerteza, né Octavio? Eu diria até que olhando para frente, a gente
vive uma incerteza menor, porque a gente agora está lidando com aspectos macroeconômicos
que são mais tangíveis, né? Ali a gente estava lidando com um negócio
absolutamente desconhecido, né? Que a gente não sabia exatamente qual era
dimensão e para onde é que a gente ia. O Bradesco foi um grande provedor de linha,
né? Naquele início da pandemia, Priscila, particularmente
nos meses de abril e maio do ano de 2020, né? A gente viu crescer muito a demanda por linha
de crédito, inclusive por empresas que estavam líquidas, essas empresas com o passar do
tempo foram se adaptando aquele cenário de pandemia, houve liquidação antecipada, não
só aqui no Bradesco, mas no mercado de uma forma geral e as empresas conseguiram passar
com o nosso apoio também, né? E com nosso relacionamento, por aquele momento
tão difícil para todo mundo. Agora, do ponto de vista macroeconômico,
como o Octavio já bem pontuou, a gente está trabalhando com o horizonte de inflação
alta no mundo inteiro e não é diferente aqui no Brasil, então a gente tem um desafio
inflacionário, uma variável que é a política fiscal que bate nesse aspecto inflacionário,
né? Com a subida de taxa de juros e para substituir
a pandemia, agora a gente tem um cenário, você falou do cenário geopolítico, né? Que era outra variável que já parecia começar
a ficar controlada, aparentemente está controlada, né? Mas, a gente tem esse outro cenário que de
alguma maneira afeta o mundo inteiro com o preço de commodities e de determinados produtos,
né? Que são insumos, né? Inclusive para a nossa economia aqui, como
é o caso dos fertilizantes, tá? Agora, de uma forma geral a grande empresa
brasileira ela está pouco alavancada, tá Priscila? As empresas brasileiras estão muito bem capitalizadas,
a gente está vendo um acesso enorme ao mercado de capitais aqui no Brasil, que aliás eles
jogam contra a gente, né? Na prática, na prática, para colocar, para
fazer carteira no Banco de Atacado, a gente enfrenta um desafio crescente aqui no Brasil,
é uma transformação natural com o crescimento do mercado de capitais. Isso já aconteceu no mercado americano, né? Ou seja, essas… As Assets que estão comprando crédito, inclusive
a nossa Asset, né? A BRAM compra crédito e obviamente com preços
mais competitivos para o tomador, né? Ou seja, para essas empresas estão fazendo
essa emissão de títulos, do que efetivamente fazer um negócio e colocar na carteira dos
bancos. Então aqui, a gente tem uma expectativa como
o Octavio falou já no final do ano de ter um bom crescimento de carteira para o ano,
mas um crescimento mais módico talvez no Banco de Atacado. E a gente tem a expectativa ou tinha a expectativa
de fazer crescimento, tem a possibilidade de fazer crescimento, mas também de uma forma
dinâmica a gente tem de tomar a decisão no sentido de ter a remuneração adequada
de capital. Então, eventualmente, esse este mercado ele
está oferecendo muito mais chance da gente reciclar carteira de fazer emissões no mercado
do que efetivamente colocar dentro da nossa carteira, né? Quando ela não remunera capital, por quê? Porque as empresas estão bem capitalizadas,
têm bons ratings e têm acesso ao mercado de capitais que pode ser mais competitivo
para ela do que efetivamente o mercado bancário, apesar de ter espaço para crescimento aqui. Então, eu acho que de uma forma geral a gente
está vivendo um momento positivo com relação as grandes empresas, que foi a tua pergunta
e dois dados só para finalizar essa minha preleção. Quer dizer o seguinte: primeiro, lá no ano
passado a gente cresceu 11% nossa carteira, né? Year over year, quando a gente fechou o último
tri comparado com último tri lá de 2020 no quesito de grandes empresas. E o segundo é que a gente vem experimentando
ali os menores índices de inadimplência de grandes empresas também, mas o índice
da gente bateu 0,2%, 0,3%, o que a gente chama de Over 90, né? Todos os vencidos acima de 90 dias e eu não
me lembro nos últimos cinco anos da gente ter atingido um patamar desse na nossa história
e eu posso dizer que ele talvez seja o mais baixo dentre os grandes bancos aqui no quesito
de grandes empresas ou um dos mais baixos que a gente vem observando, tá? Bom Octavio, esse mundo que a gente está
vivendo tão dinâmico com tantas transformações, né? E a gente observa que esse momento desafiador
também trouxe mais conexão, trouxe mais interatividade, novas soluções, principalmente
as digitais. A sociedade como um todo se tornou mais interconectada
e mais digital, né? Do ponto de vista regulatório, a gente acompanhou
no último ano o crescimento do Pix que transformou aí as operações financeiras e uma outra
revolução que aconteceu também com o Open Finance, que empodera o cliente, que permite
que o consumidor tenha uma relação mais transparente com os bancos. Então Octavio, na sua visão como é que
a gente se preparou para esse cenário e como que estamos olhando daqui para frente? Priscila, o Pix foi um sucesso inquestionável
aqui no Brasil, né? Em muito pouco tempo, a gente viu o volume
de transações que o Pix atingiu aqui no Brasil. O brasileiro é alguém que lida muito bem
com a tecnologia e sobretudo o celular, né? Algo muito comum, é a extensão do corpo
já do brasileiro, eu poderia dizer, do mundo inteiro, mas do brasileiro em especial. A gente tem mais celulares do que habitantes
no Brasil, então é um pouquinho intuitivo. E eu acho que todos os bancos brasileiros
souberem de alguma forma fazer a implementação do Pix, até conversando muito com o Banco
Central de uma maneira que ele fosse muito simples, muito amigável. Lógico, a gente sempre preocupado com fraude,
com segurança, procurando ter muita atenção a esses aspectos, porque eles batem e atingem
a sociedade como um todo, mas eu acho que tanto os bancos digitais, mas sobretudo os
bancos incumbentes, vamos chamar assim, eles foram muito felizes para poder trabalhar isso
e trabalhamos junto com o Banco Central para que isso pudesse ser implementado e implementado
com sucesso. Então, eu acho que a gente teve e aí não
falo só do Bradesco, mas acho que todos nós, tivemos uma participação muito importante
para fazer uma implementação que fosse sadia, rápida, eficaz e que de fato ela tivesse
aceitação da população, isso eu acho que é inquestionável pelos números que a gente
vê do Pix. Quando a gente fala de Open Finance, é um
processo um pouco mais complexo, porque você envolve n ou todos os produtos e serviços
dos bancos incumbentes, mas também dos bancos digitais num processo onde o cliente é o
dono dos seus dados e partir de então o cliente poderá transacionar ou levar esses dados
de uma corporação ou de uma empresa ou de banco para um outro conforme ele achar melhor. Então eu acho que são desafios que a gente
tem, mas a gente precisa muito ter cuidado na implementação. Essa implementação precisa ser faseada para
que a gente tenha toda a segurança na implementação, por quê? Priscila, a gente sabe o mundo que a gente
está vivendo hoje, ciberataque é algo que está no nosso dia a dia, no nosso cotidiano. Aqui dentro do Bradesco, a gente tem n exemplos
que aconteceram em várias empresas do quanto isso pode afetar as empresas e falando em
banco em particular, tem um efeito muito mais forte, porque é o dinheiro do cliente que
está ali na conta, então a gente precisa ter muito cuidado. Então essa implementação, eu acho que ela
tem que acontecer, o Open Finance veio para ficar, a gente tem o cuidado de fazer essa
implementação aos poucos com muita segurança desde que todos os sistemas estejam devidamente
testados para que a gente possa fazer essa implantação com segurança e oferecer toda
a tranquilidade para que o cliente possa operar isso sem nenhuma preocupação de fraude. Acho que esse é o grande impacto que a gente
tem, o grande desafio que a gente tem. Entendo que a gente fez um trabalho muito
bom com relação ao Pix, rapidamente implementado, conseguimos colocar o crédito no Pix de uma
maneira rápida fomos o primeiro banco a colocar o crédito no Pix, ou seja, se você ou alguém,
vamos supor que você, você não ia precisar de dinheiro, mas vamos supor que a Priscila
fosse fazer uma transferência para o Marcelo e faltou R$ 500 na sua conta, o Bradesco já
trazia para você essa linha de crédito disponível para que você pudesse cumprir aquele compromisso
com o Marcelo e você financiava isso no Bradesco, parcelando de uma maneira… Me dá mais um prazo aí, Marcelo… A gente dá o prazo para você, não tem problema. Então eu acho que isso facilitou muito a
transação com os clientes, a adesão foi muito boa dos clientes com relação a isso,
foi uma jornada muito simplificada que ficou muito agradável aos olhos do cliente, então
acho que a gente teve um sucesso bastante importante nessa relação do Pix com os nossos
clientes. Então acho que cumprimos o ano inteiro, cumprimos
o nosso objetivo. E com relação ao Open Finance, a gente está
implementando isso passo a passo, é um desafio para nós, nós temos que ter cuidado com
os dados dos clientes. Esses dados são dele, são sensíveis, isso
não pode vazar para o mercado. Agora, a gente construiu uma história de
relacionamento com os clientes ao longo do tempo, então os dados que são do cliente
eu entendo que de fato são do cliente e a gente tem que respeitar. Agora tem muito dado, tem muita informação
lá dentro que foram dados e foram informações que foram construídas pelas empresas, pelos
bancos ao longo de décadas, que a gente foi entendendo o cliente, entendendo seu comportamento,
usando modelos de credit score, usando modelos de avaliação de personas, para a gente poder
entender o comportamento de cada um desses clientes, para que a gente entendesse. Então esses dados são dados do banco, o
banco que desenvolveu isso ao longo do tempo, investiu em pessoas, investiu em profissionais,
em engenheiros de dados, né? Para que a gente pudesse ter essa formação
dessa base de dados para que a gente pudesse entender melhor os nossos clientes, pudesse
entender o momento de vida dele, o momento financeiro dele e a partir daí oferecer para
ele a melhor opção, oferecer para ele o melhor produto e serviço que pudesse trazer
ao cliente tranquilidade na hora de transacionar com o banco. Então a gente tem que procurar separar o
que é dado do cliente, o que é dado industrial, eu diria para você que esses dados são dados
industriais, é como o segredo da Coca-Cola. É uma inteligência proprietária? É uma inteligência que foi preparada pelos
bancos ao longo de décadas. É como a Volkswagen, toda a inteligência
de engenharia que ela tem ou de uma Fiat ou da Ford ou da GM, para poder desenvolver o
carro. Então isso é uma propriedade intelectual
dos bancos, né? Porque não é só nossa. Então esses dados sim, eu acho que a gente
tem que preservar dentro de cada uma das corporações e da organização. Então isso é um pouco do que vai ser para
frente essa discussão de Open Finance. Mas eu acho que ele está no caminho certo,
está num tamanho correto, está fazendo o que precisa fazer, é só implementá-lo com
a devida calma, com a devida tranquilidade para que a gente tenha segurança da informação. Priscila, se você me permitir aqui, né? Só complementando um pouco o Octavio, ele
já falou tudo aí sobre Open Finance, eu não vou entrar nesse quesito, mas no quesito
Pix, né? Aí é: ângulos diferentes, né? Um ângulo para a sociedade, um ângulo para
os investidores e analistas, está certo? Que ouvem a gente aqui, certamente. Então, primeiro: para a sociedade foi mais
uma ferramenta que é positiva, você faz o crédito on-line sem custo para ninguém. Agora, o que a gente tem observado aí para
o lado dos analistas e dos investidores também, é o seguinte: todo mundo achava que o Pix
mudaria completamente a forma de se relacionar com os bancos por parte dos clientes. Do lado da pessoa física a gente vê que
houve efetivamente um crescimento colossal, né Octavio? O número de transações feitas no Pix é
impressionante, realmente né? Mas veja, são tíquetes baixos, o que a gente
está percebendo é que é uma substituição do dinheiro, né? Principalmente… Ninguém mais anda com dinheiro, né? Exatamente. Eu substituo o dinheiro e agora o que que
acontece com TED e DOC? A gente viu uma quantidade menor, mas é um
pouco menor, porém com os tíquetes altos, né? Que movimentavam quase a totalidade das transferências
feitas por TED e DOC continuam aí por parte das empresas e daquelas pessoas físicas que
te fazem transferências em montantes maiores. Segundo você olha para o cartão de crédito,
ele não foi absolutamente afetado, como já era previsto… Muito pelo contrário, cresceu. Ele cresceu, né? “Ah! O cartão de débito pode ter sido um pouco
afetado”. A gente não tem certeza absoluta disso, né? Nem em que dimensão. Tem uma expectativa de consultorias aí que
poderia aí ao longo de cinco anos, né? Ficar alguma coisa entre 10%, 15% ou 20%,
mas a gente ainda não vê esses indicativos, então acho que é só para complementar aqui
essa percepção para quem é investidor, para quem é analista também. Em foco. Um termo que o Octavio usou muito aqui foi
incumbente, né? E o Bradesco é sim um banco incumbente, afinal
de contas somos um banco tradicional, temos muitas agências, estamos completando 79 anos
de história, né? É muita coisa! Mas nós somos também um banco digital, nós
estamos presentes em todos os canais digitais e nós temos inclusive o nosso próprio banco
digital que é o Next, temos uma carteira digital que é Bitz, temos Digio. Então, eu queria perguntar para vocês quais
os planos do Bradesco para a expansão nesse universo digital? Têm aí grandes oportunidades com o termo
da vez que é o metaverso, né? A gente fala muito sobre metaverso. Como é que vocês estão enxergando aí esse
novo universo? Com relação aos bancos digitais, nós tomamos
uma decisão mais ou menos uns sete, oito anos atrás de que nós temos que continuar
cuidando do nosso banco incumbente, fazendo cada vez mais “figital”, eu diria, que
é a mistura do físico e do digital para atender o cliente da forma que ele acha melhor,
no momento que ele achar mais adequado, aonde ele estiver. Essa preocupação foi centrada absolutamente
no cliente. Mas, nós entendemos que tínhamos que fazer
isso com o incumbente, mas nós teríamos também que trazer um banco totalmente digital,
uma marca rejuvenescida, que conversasse talvez com as gerações mais novas, mas que também
pudesse atender qualquer tipo de cliente no momento que ele quisesse. Então isso foi a nossa aposta no Next que
está tendo um sucesso impressionante, foram 10 milhões de contas que nós fechamos o
ano passado, agora já passamos de 12 milhões de contas no Next, aliado a isso nós entendemos
também que os nossos clientes queriam ter uma carteira digital, uma Wallet digital,
então por isso que o Bitz foi criado também e aí surgiu a oportunidade, que até por
acaso foi o Marcelo que trouxe, da gente adquirir os 50% que o nosso sócio tinha lá no Digio,
que para nós tem um feat perfeito, a gente entendeu que valia a pena, então trouxemos
o Digio também. Então hoje nós temos, vamos dizer, três
cavalos correndo neste mundo do digital, né? O Next, o Digio e o Bitz. Pode ser que daqui um tempo, Priscila, a gente
consolide isso, nós consolidamos isso tudo em um negócio só, mas agora cada um tem
uma estratégia, tem um momento de maturação do negócio. O Digio, a vida toda ele viveu sem precisar
do Bradesco, ele gera caixa, consegue fazer os seus negócios, então a gente entende
que não é o momento de se fazer isso. Deixa esses cavalos percorrerem essa pista,
eu até brinquei numa das nossas entrevistas que são três aviões que já decolaram,
não dá para segurar, né? Foguete não tem ré, tem que deixar os caras
voarem. E aí os três negócios estão andando, a
gente está muito feliz, cada uma dessas empresas é um negócio absolutamente apartado do banco,
não tem dependência corporativa, o Next tem um CEO que é o Renato, o Digio tem um
CEO que é o Giovane, o Bitz tem um CEO que é o Curt, tem a sua equipe de tecnologia,
tem a sua equipe de relacionamento com o cliente, quer dizer, são negócios totalmente apartados
dentro da organização. Então nós entendemos que mesmo com esses
três negócios digitais, a hora que eu olho para o banco, o ano passado o Bradesco, banco
incumbente como você falou, abriu 1,5 milhão de contas através do mobile. São negócios que a gente tem que fazê-los
continuar crescendo, então a ideia por enquanto é a gente manter esses negócios totalmente
independentes, cada um tocando seu negócio, com seus desafios, com as suas metas e nós
temos certeza que você pode pegar o melhor de cada um desses bancos para depois no futuro
poder juntar isso em um negócio só. Mas agora, a nossa estratégia é de crescimento
contínuo desses negócios. Vale aqui complementar, dizer, é o seguinte:
a gente tem marcas diferentes, né? Totalmente diferentes. E por mais que o cliente ele saiba que o Bradesco
está por trás, né? É interessante como a percepção é diferente
em relação a cada um, né? Cada um desses negócios tem um modelo de
negócio que é sutilmente diferente do outro, muita gente não percebe isso. Eu estive conversando com investidores, com
analistas quando a gente anunciou a compra do Digio, que aliás o Banco Central aprovou
recentemente, né Octavio? E agora ele é 100% do Bradesco, né? Já pago, aprovado e tudo mais. Mas assim, o Next ele nasceu como um banco
para dar uma experiência diferente para o cliente em conta corrente, uma marca completamente
nova, uma experiência diferente com alguns mimos. O Digio, ele nasceu como modelo de uma vertical
de cartão de crédito, está certo? Para que a partir dela você convertesse os
clientes ou convertesse o relacionamento em outros relacionamentos. E o Bitz como um Wallet, como o Octavio comentou. Então lá na frente a gente pode se encontrar,
mas como o Octavio falou também, a gente tem aqui uma modificação, uma mudança na
experiência do cliente tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica no bank
incumbent, né? Que eu diria para você: “Ah! Então temos quatro cavalos aqui correndo
no jockey, você aposta em qual?”. Eu aposto em todos, mas em particular no Bradesco,
está certo? Em relação a todos os cavalos que estão
aí, né? Porque a gente aqui está falando de um conglomerado,
né? Os outros você está falando aqui de negócios
que são monoline praticamente, né? Que vão evoluir com o passar do tempo, essa
é a aposta que a gente está fazendo também em cima deles, né? E só complementando o você falou de metaverso
também, que é algo que a gente está trabalhando, estudando, entendendo, porque na verdade você
precisa entender aonde vai. É uma loucura este mundo do metaverso, se
a gente olha o que está acontecendo, principalmente no mundo dos gamers onde você tem lojas já
dentro daqueles jogos, a especialização que essa turma tem nos jogos, a sofisticação
que está existindo para a compra, para você mudar teu skin, para você comprar mais acessórios,
enfim têm tantas possibilidades dentro desse mundo, não só do game, mas do metaverso,
quer dizer, hoje já tem gente comprando terreno dentro do metaverso. Sim. Para construir a sua casa dentro do metaverso. Quer dizer, como é que o Bradesco ou o Next
ou o Bitz ou o Digio ou wherevers… Comprando até via NFTs e pagando em criptomoedas. Pronto! E esta é… Esse criptoativa, essa criptomoeda é a moeda,
é o coin que circula nesse mundo. Então, como nós Bradesco ou qualquer uma
das nossas empresas pode se inserir dentro desse metaverso? Eu vou botar uma agência dentro desse mundo
do metaverso para que você possa ir lá e depositar as suas moedas, os seus coins para
você poder comprar um skin novo, para você comprar o acessório novo. Então, a exemplo do que nasceu lá atrás
e até a gente pensou que ia explodir, o tal do Second Life, lembra daquele joguinho Second
Life? Isso, naquele momento não, não voou, não
decolou, mas talvez porque você não tivesse uma internet rápida, você não tinha o 5G,
os avatares ainda eram meio que robô… Eram não, eram robotizados totalmente, eram
bonequinhos… Hoje são super-realistas, né? Mas hoje você consegue colocar o Octavio
exatamente com todos os defeitos, eu vou falar virtudes, vou falar só dos defeitos, com
todos os defeitos dentro do metaverso e eu vou fazer, convidar meus amigos para ir para
um show ou para ir para um jantar ou para fazer um bate-papo e eu vou estar lá como
um avatar, mas que é exatamente o Octavio, não é aquela coisinha robotizada que eu
tinha lá dentro. Então onde vai parar isso? Não sei, Priscila. Mas que a gente tem que estar lá dentro de
alguma forma a gente tem. Aliás, é um dos temas de debate constantes
que a gente teve aqui, é um dos temas dos nossos workshops estratégicos que a gente
tem aqui: “como é que a gente se insere, pensando sempre naquilo que é a razão de
ser de qualquer corporação, pensando sempre no cliente, como é que eu me insiro nesse
mundo para a gente poder atender aos nossos clientes”, é um desafio. Bom, a gente falou aqui de presente e de futuro,
vamos falar um pouquinho do nosso passado, da nossa história, né? A gente está aqui na Cidade Deus e para quem
já teve a oportunidade de visitar a Cidade Deus é muito bacana quando você desce o
gramado ali a entrada, você vê, tem o Museu do Bradesco, passamos também pela locomotiva,
né? A locomotiva que é preservada aqui. Então são quase oito décadas de histórias,
né? E como é que o banco fez para se manter tão
presente na vida dos nossos clientes e ao mesmo tempo tão jovem e atual e digital,
né? E o banco está sempre à frente das tendências,
né? Tanto dessas digitais, a gente lança campanhas
que são muito relevantes, né? Posso citar aqui a campanha, por exemplo,
teve a da Bia, né? Que é a nossa Inteligência Artificial, que
combateu aí a violência contra à mulher, né? Tendo aquelas respostas contra assédio, enfim. Então, queria que vocês contassem um pouco
dessa… Não dos últimos 80 anos que nenhum de nós
três estava aqui desde então, né? Mas, um pouco dessas histórias e dessas tendências
do banco. Priscila, isso é muito interessante, né? Uma corporação de 80 anos como a gente,
nós tivemos cinco presidentes no banco, né? O fundador, o seu Amador Aguiar, depois o
seu Lázaro de Mello Brandão, seu Márcio Cypriano, o seu [ __ ] e eu agora. Eu acho que a característica é que todos
nós somos bancários, viemos do chão da fábrica, conhecemos, trabalhamos no banco
há muito tempo, eu trabalhei… Eu aqui, nasci aqui dentro do banco, né? Tenho 43 anos de banco. Mas eu acho que o Bradesco sempre teve uma
coisa muito clara e isso muito trazido pelo seu Amador Aguiar desde o começo de buscar
a tecnologia, de procurar estar à frente, então o primeiro computador foi o Bradesco
que trouxe aqui para a Cidade de Deus, né? Um IBM que ocupava uma sala colossal e hoje
a capacidade de processamento dele está dentro do celular mais chinfrim que você possa imaginar,
qualquer celular tem aquela capacidade. Então foi de colocar o SOS que era um caixa
eletrônico que começou lá atrás que você botava o cartão perfurado e consiga sacar
um dinheirinho e depois você recebia o cartão de novo na tua casa por correspondência. Foi o primeiro banco a se tornar on-line em
real time, né? Quer dizer, você tinha o Bradesco, o Bradesco
Instantâneo para você sacar dinheiro em qualquer lugar, em qualquer lugar do Brasil
que você tivesse. É o primeiro no cartão de crédito com o
Elo lá atrás, que depois o Marcelo trouxe de volta esse mundo do Elo aqui para a nossa
marca, né? Então eu acho que essa preocupação, ela
está muito enraizada por toda a corporação, ela permeia todos os 90 mil funcionários
desse banco que está o tempo todo fazendo isso. E ao longo do tempo, as pessoas, a diretoria
executiva, o management, ou seja, quem cuidou do Bradesco tinha esse negócio de tecnologia,
tinha esse negócio de inovação no sangue, então eu acho que foi isso que propiciou
que o banco nunca fez economia para poder fazer investimentos em tecnologia em estar
sempre à frente do seu tempo. Eu acho que essa foi a grande sacada ao longo
do tempo. E é por isso que mesmo hoje com todo esse
mundo tecnológico que a gente vive, né? Com chegada de 5G, com o que você falou aí
de metaverso, com tudo isso, nós estamos engajados nessa disputa, nessa arena competitiva
que se instala no Brasil e no mundo todo. Então, acho que é um pouco a característica,
o DNA do próprio banco de trabalhar muito inovação independentemente da onde ela seja. E ter coragem de assumir alguns posicionamentos
como esse caso mesmo que você falou da Bia, né? Que é impressionante o volume de ofensas,
de agressões que a Bia sofre e nós mudamos essa postura, aliás ela foi reconhecida com
o prêmio da UNESCO a semana passada pelo trabalho que a Bia desenvolveu, porque a sociedade
mudou e inclusão, diversidade e respeito é algo que não dá para tolerar não existir
mais. Então acho que esse engajamento, como eu
sempre falo, engajamento da população, das pessoas que trabalham no Bradesco, todas elas,
90 mil funcionários, este engajamento eu acho que leva o Bradesco ser tão presente
e tão forte naquilo que se a gente pode denominar como um banco tecnológico, um banco avançado,
um banco que procura sempre estar à frente do seu tempo. Se eu puder complementar aqui o Octavio, o
Octavio já falou praticamente tudo, tem pouca coisa para complementar aqui, né Octavio? Mas assim, uma característica da organização
aqui Priscila é empreender, né? E empreender significa crescer organicamente,
crescer inorganicamente, o Bradesco fez inúmeras aquisições ao longo dos seus 79 anos de
existência, está certo? E eu posso dizer com toda a certeza sim, a
grande maioria delas muito bem-sucedidas, né? Essa capacidade do banco de se desenvolver
com novos cenários, né Octavio? Aqui que você estava falando de inovação
tecnológica, mas inovação nos seus modelos de negócio também, então a gente tem capacidade
de adaptação e obviamente a gente olhando para o passado, mas o desafio é você olhar
para frente e dizer: “Como é que eu estou inserido nesse mundo competitivo atual?”,
mas não só num banco, né? Como a gente olha para o Bradesco e pensa
que é uma coisa só, não! A gente tem vários pilares aqui, a gente
tem um banco de varejo superdesenvolvido, alta renda, o Banco de Atacado com suas vertentes,
né? Vai ter um grupo segurador, né Octavio? Enorme, é o maior da América Latina com
a perspectiva de crescimento colossal, né? Essa relação de prêmio de seguro, PIB no
Brasil deve crescer de forma significativa, mas aí conectando um pouquinho o passado
e o futuro a gente tem de pensar o seguinte: a gente fala em ESG, né? A sigla da moda agora, né? E quando a gente pensa em sustentabilidade,
aí a gente lembra do nosso grande empreendedor que foi o nosso fundador Amador Aguiar, né? Que lá na década de 50, enxergou com clareza
o que era sustentabilidade, primeira coisa né? Está certo? Porque criou a Fundação Bradesco que tem
participação na organização e que gera dividendos todo ano para pagar um orçamento
aí de cerca de R$ 700 milhões e manter 100 mil estudantes pelo Brasil em todos os estados
brasileiros com 40 escolas, né? E aí o outro lado dessa história, que a
gente fala de propósito, o propósito e os objetivos, as missões, os valores vão evoluindo
com o tempo, né? Você fala disso, o [ __ ] fala disso também,
mas assim qual era o propósito do seu Amador Aguiar? Qual era a crença dele naquele momento? É que ele tinha que transformar o Brasil
e que ele acreditava que transformaria o Brasil por meio da educação, né? Está certo? Então veja aquela capacidade e a visão,
né? Todo mundo hoje fala de propósito, não é? Qual é o teu propósito, né? Mas veja o propósito deste homem e o que
ele deixou de legado para essa organização aqui, né? Esse é o meu complemento aqui para você. É verdade! Quantos milhares de estudantes passaram pela
Fundação Bradesco, né? Nós temos dois… Três vice-presidentes que vieram da Fundação
Bradesco e que hoje são vice-presidentes do banco. Isso é um exemplo claro. Realmente é um trabalho incrível, não só
nessa parte social da transformação através da educação, mas também no cuidado com
o meio ambiente, né Octavio? O banco signatário ali do Pacto Pela Amazônia,
passo muito importante ali na direção da preservação que também é um dos nossos
pilares, né? Você quer comentar um pouco sobre isso? Esse assunto do ESG é sempre muito interessante. Eu gostaria só de fazer um comentário inicial
que até é uma curiosidade, né? Como é que foi cunhado esse termo ESG, né? Por incrível que pareça isso foi cunhado
em 2004, ou seja, 18 anos atrás. Kofi Annan que foi presidente, secretário-geral
da ONU melhor dizendo, um ser extremamente inteligente, uma pessoa extremamente perspicaz. Em 2004 ele fez uma reunião e chamou os 50
CEOs dos maiores bancos do mundo para falar para eles lá em 2004 que eles deveriam ter
uma preocupação muito acentuada com o meio ambiente, com o social e com governança em
todos os lançamentos de papéis, follow-on, IPO, mercado de capitais, porque esses três
itens eram fundamentais para a humanidade, para a continuidade de um mundo mais saudável,
de um mundo mais sadio, de uma economia mais pujante que a gente ia enfrentar nos próximos
anos. E ele foi tão inteligente, o Kofi Annan,
que ele teve a preocupação, a intuição, a delicadeza de colocar o “S” no meio
do “E” e do “G”, você vê que ele não falou “S-E-G”, nem “G-E-S”, não… Ele colocou o “S” no meio, por quê? Porque o social é o equilíbrio, é o balance
que precisa ser feito, porque se você não tiver educação de qualidade, se você não
tiver diminuição da pobreza, redução das desigualdades sociais, inclusão das pessoas,
respeito à diversidade, porque tudo está carregado dentro do “S”, você não terá
meio ambiente, você não terá governança. Então acho que até a sabedoria dele em fazer,
de cunhar esse termo ESG, ele teve a sagacidade de colocar o “S” entre essas duas letrinhas
que é fundamental para que de fato a gente possa desenvolver o meio ambiente. Então acho que o Bradesco pelo seu lado,
o seu Aguiar sacou, como o Marcelo falou, isso lá atrás e se sentiu na obrigação
de devolver um pouco de tudo aquilo que os clientes dele, os clientes do Bradesco foram
nos dando através da sua confiança, da sua crença no trabalho da Organização Bradesco
através da seguradora, através da corretora, através do banco e de todas as empresas que
a gente tinha, de que a gente tinha que devolver isso de alguma maneira para a sociedade. E hoje, nós temos a Fundação Bradesco com
mais de 100 mil alunos, como Marcelo falou, 40 escolas espalhadas pelo Brasil inteiro
que só tem uma exigência para que a criança possa entrar lá que ela de fato não tenha
condição econômico-financeira de cursar uma escola. É totalmente destinado a pessoas carentes,
porque esse “S” do social é fundamental para que a gente possa dar inclusão, então
são crianças que não teriam talvez outra oportunidade na vida se não fosse a Fundação
Bradesco fazer esse trabalho. Então, eu acho que é um trabalho que para
nós, para mim, para o Marcelo para cada um dos 90 mil funcionários do Bradesco, a Fundação
Bradesco ela é um legado, um compromisso que nós temos lá com o seu Aguiar, com o
seu Brandão, com o seu [ __ ] de continuar essa história para poder cuidar das crianças
brasileiras, para poder cuidar da educação no Brasil que é tão fundamental para que
o país deixe de ser eternamente um país do futuro e possa de fato ser um país que
esteja inserido nas grandes potências mundiais. E esse é um aspecto de social, mas o aspecto
também do meio ambiente, quer dizer, o Bradesco tem esse trabalho todo com a Amazônia, está
fazendo isso em parceria com outros dois concorrentes direto, né? O Itaú e o Santander, a gente se uniu para
tentar buscar e ajudar, a gente sabe que sozinho não consegue fazer nada, mas que se a gente
dá o primeiro passo e começar a trabalhar esses pontos que são fundamentais e acabaram
se traduzindo em 10 iniciativas que nós estamos tomando lá no Plano Amazônia, certamente
a gente vai… Se cada um fizer um pedacinho, um pouquinho,
a gente consegue melhorar tudo isso. Então acho que são várias iniciativas e
isso nós estamos falando de Amazônia, do bioma amazônico, mas será certamente em
breve estendido para os outros biomas brasileiros, porque a gente sabe que isto é fundamental. Então a conscientização dos nossos clientes,
a conscientização dos nossos funcionários, o trabalho próximo que a gente está fazendo
com as empresas para que a gente possa melhorar essa relação de extração ou de trabalho
com o meio ambiente para a preservação de recursos naturais, para evitar o desmatamento
que não precisa de desmatamento, se a gente fizer o trabalho bem feito é muito mais produtivo,
é muito mais inteligente para um coletor que está lá na Amazônia, um coletor de
açaí por exemplo, para ele é muito mais inteligente ele preservar a floresta em pé
para poder ir lá coletar o açaí quando ele estiver pronto para colher, porque açaí
não se planta, ele está no meio da selva, do que você derrubar a mata, porque se você
derruba a mata uma hora você não vai ter mais para coletar. Então são trabalhos que a gente está fazendo
próximo as comunidades ribeirinhas de todo o bioma amazônico que a gente passa a entender
um pouco melhor o que que nós podemos fazer, não só nós bancos, mas cada um de nós
enquanto brasileiros, enquanto cidadãos para que a gente possa beneficiar todo esse bioma
que é uma riqueza monumental para o mundo inteiro, né? Num momento como esse que a gente está vivendo
o quanto que o Brasil não poderia realizar de negócios sequestrando carbono da atmosfera,
monetizando isso e nós ainda não soubemos trabalhar isso. Se a gente pensar que nós temos o etanol
no Brasil há quantas décadas, se a gente tivesse um trabalho… Desenvolvido esse trabalho ao longo do tempo
e ele estivesse muito bem-preparado hoje, talvez o etanol fosse uma boa solução para
crise que a gente está tendo de petróleo. Então tem muita coisa boa aqui no Brasil
que a gente precisa desenvolver. Agora é continuar trabalhando, trazer cara
vez mais parceiros, empresas cidadãos, sociedade civil, Congresso, enfim, governo para que
a gente possa fazer esse trabalho. Seu guia. Octavio chegou o momento aqui da gente falar
sobre carreira e você fez a sua carreira aqui no Bradesco, né? Você começou aqui como contínuo e traçou
toda uma trajetória de muito sucesso até a presidência do banco. Então conta um pouco aqui para os ouvintes
do Insights, dos desafios que você encarou, quais conselhos você dá também para quem
está iniciando aí na carreira? Olha, Priscila, são 43 anos… Se você tiver tempo a gente vai falar sobre
isso… Mas eu acho que não há segredo, né? Eu acho que não tem uma bala de prata aí
para isso. Eu acho que é muito trabalho, acho que é
muita dedicação, acho que é para todas as carreiras, né? Acho que é muito trabalho, muita dedicação,
muito estudo, acreditar no teu potencial. O Bradesco é um banco de carreira, né? Que gera muitas oportunidades, né? E ao longo do tempo a gente foi vendo que
o teu trabalho, a tua dedicação, o teu estudo, a vontade de aprender, de fazer cada vez melhor
poderia nos levar a outros patamares. Assim como aconteceu comigo, aconteceu com
o [ __ ], com o seu Brandão, enfim, com todo mundo dentro do banco, então acho que
não tem muito segredo não: é trabalho consistente, ter uma equipe maravilhosa como a gente tem
dentro do Bradesco na diretoria-executiva, ter uma equipe extremamente trabalhadora,
disciplinada, preocupada com o cliente na ponta que são os 80 mil funcionários, 90
mil funcionários do banco que estão na ponta que fazem com que a gente possa ter sucesso. Então acho que o sucesso não é individual,
o sucesso é a soma de várias pessoas e eu acho que eu sou o resultado direto, não de
um sucesso individual, mas de um sucesso coletivo de todos os meus funcionários. Bom, como você falou, o banco é feito de
pessoas né? E o Bradesco tem muito cuidado com os funcionários,
né? Muito cuidado com as pessoas, então eu mesma
vivi isso no início da pandemia, o cuidado que o banco teve de mandar todo mundo para
casa e a rapidez com a qual todo mundo já estava com o setup lá de home office, de
computador, realmente foi uma resposta muito rápida, né? E o banco tem preservado muito a saúde aí
dos colaboradores, estou falando não só da saúde física, mas tem uma preocupação
muito grande com a saúde mental, né? Psicológico, né? Depois desse longo período aí, estamos completando
dois anos já. Eu já estou começando a voltar um pouco
ali para o escritório fisicamente, mas ainda majoritariamente em casa, mas sempre foi uma
preocupação do banco essa questão de saúde mental também, né? Desse equilíbrio. Então Noronha, a gente vai entrar um pouco
aqui na sua intimidade, vamos dizer assim, queria que você compartilhasse um pouco também
com os ouvintes como é que você conseguiu se manter são e equilibrado nesse período
tão difícil, ainda mais para um executivo tão requisitado como você. Como é que foi esse período? Vou te falar o seguinte, eu acho que depende
muito de cada pessoa, de cada profissional, né? Mas de uma forma geral, acho que a gente aqui
no banco, todo mundo tem maturidade suficiente para saber que uma crise é uma crise, independentemente
de você desconhecer as consequências daquilo ali, qual era o caminho, né? Que se devia traçar, mas a gente foi trabalhando
dia após dia, né? Tentando se informar e tomar as melhores decisões
possíveis, né? A vista do que a gente tinha de desafio pela
frente. Então em primeiro lugar: equilíbrio com
a maturidade que se tem, né? Por isso que eu acho que essa combinação
de experiência com energia e juventude que fazem a diferença para todas as organizações. A gente aprende isso também com nossos colegas
orientais, né? Que são muito sábios em relação a isso. Então, experiência não se compra, então
isso é uma coisa importante aqui para aquele momento de desafio. O segundo, para manter a mente sã, você
também tem que manter o corpo são e o inverso é verdadeiro, né? Então acho que se a gente está precisando
de um apoio de algum profissional efetivamente você tem de procurar em relação àquilo
que está se passando com você. O banco tem dado esse suporte, como você
comentou, a área de Recursos Humanos toda mobilizada em relação a isso aqui ao longo
dessa pandemia e agora também, né? E do lado físico, eu particularmente gosto
de correr, gosto de pedalar, tá certo? Para manter a atividade física em dia, fazendo
um pouco mais de musculação até eu estava comentando isso hoje com o Octavio, para manter
a condição física em dia e isso ajuda a gente também a estar com a cabeça boa para
a gente enfrentar nossos desafios, tá Priscila? Eu acho que é isso aqui que eu posso dar
de contribuição. E você Octavio, eu ouvi dizer que você é
adepto da meditação? Sou, é verdade. Foi bem complexo, porque a gente já passou
por muitos desafios e crises econômicas, financeiras, tudo isso a gente já conhece. Agora você encarar e enfrentar uma pandemia,
uma doença que você não sabe como é que você deve tratar isso, como é que você
deve cuidar, então foi muito difícil no começo, isso é uma grande vantagem do Bradesco,
né? A gente rapidamente, o Conselho com o seu
[ __ ] lá e a gente da diretoria-executiva, a gente se reunia todo dia, trabalhava todos
os pontos, todos os aspectos então foi Viver Bem montado com médicos, com enfermeiros,
com psicólogas para poder atender os funcionários e orientá-los, explicar o que estava acontecendo,
as medidas de proteção de máscara, de estilo, enfim de tudo aquilo que precisava colocar
nas agências, testagem, né? Trazer testes aqui para o Brasil para poder
testar todos os nossos funcionários, enfim, acho que foram tantas medidas que foram tomadas,
acho que graças a Deus a gente está conseguindo sair… O programa de vacinação também, antes da
pandemia tinha sempre… O programa de vacinação contra gripe e outras
vacinas aqui que a gente era… Aqui na Cidade Deus a gente fez um drive-thru
aqui, era impressionante né? No sábado virava um evento, porque os pais
traziam as crianças… Trazem as crianças e tal, é muito bacana
isso tudo que a gente fez aqui no banco. E aí conseguiu sobreviver, mas foi muito
tenso, foi muito desgastante, é um estresse a todo momento, então acho que é um pouco
do que o Marcelo falou, a gente procurar pegar um pouco do tempo tranquilo, né? Que a gente tem, um pouco de tempo disponível
que a gente tem… Vocês têm tempo tranquilo? É… Tranquilo não, mas disponível, vamos dizer
assim. E aí quando eu falo disponível é assim:
quando é que a gente treina? O Marcelo deve ser a mesma coisa… Eu treino 5h30 da manhã. Eu treino das 5h, 5h30 até 6h30, tomo um
banho e venho para o banco, é assim que a gente treina, porque a noite a gente não
sabe o que vai vir. Então é natural a gente… É dormir cedo, então eu durmo cedo, não
gosto de dormir tarde, 22h00… 21h30 eu estou na cama. Eu gosto muito de academia, então faço musculação,
corro, mais ando do que corro agora, porque o joelho já começa a judiar um pouco e o
que me ajudou muito em todos aspectos de equilíbrio, de postura, de sentar melhor, de não ter
dor nas costas, de respiração foi a meditação e a ioga. A ioga para mim foi um santo remédio, eu
descobri músculos que em 58 anos de idade eu não sabia que existia no meu corpo. Então, o começo é um pouco mais desafiador… O começo dói descobrir esses músculos… Dói, dói… Eu já passei por isso. Mas olha, é um santo remédio para você
ter uma postura mais adequada, para você se sentir melhor. E depois a meditação que não precisa ser
longa, você não precisa fazer a meditação de horas, você não está fazendo curso para
ser Buda, então é 10 minutinhos por dia, se você fizer 10 minutinhos todo dia ou pelo
menos três vezes por semana, se você parar 5 minutos, não dá para dar 10, 5 minutos… Para e faz. Tem um monte de meditação guiada no YouTube,
coloca lá porque no começo é mais complexo, você ficar… Tua cabeça começa a pensar num monte de
coisa. Então põe uma meditação guiada, porque
você vai acompanhando o que a pessoa está falando, então funciona melhor. E aí depois você relaxa, então são 10
minutos que você consegue fazer com que a oxigenação do teu sangue vá lá para cima,
teu batimento cardíaco vai lá para baixo, então você por conta de 5, 10 minutos você
traz uma qualidade de vida fundamental para você. Então, não é que eu sou aqui um… Eu não tenho academia de ioga, nem de meditação,
eu falo por mim porque para mim ajudou bastante, então quem puder fazer eu até sugiro que
faça, porque além de tudo é gostoso, porque você sente o ambiente que você está, você
sente as vibrações… O presente, né? O presente! As vibrações no teu corpo, porque sinceramente
sabe Priscila, eu acho que o negócio da pandemia e o negócio da guerra, eu acho que as pessoas
começam a refletir um pouquinho que eu não devo ficar me preocupando tanto com o meu
futuro, eu tenho que me preocupar mais em viver o meu presente, que esse é o momento
mais especial que a gente tem da nossa vida, esse momento que nós estamos aqui juntos
agora, é uma dica que para mim foi fundamental. Muito bom! Bom, já que você aqui você está compartilhando
tantas dicas Octavio, um dos segmentos aqui do Insights que nossos ouvintes mais gostam
é justamente essa parte de dicas. Você já deu várias dicas aqui de saúde,
né? De ioga, meditação, mindfulness, o Noronha
também. Mas agora queria que vocês compartilhassem
também algumas dicas de leitura ou dicas culturais que é algo que nossos ouvintes
têm bastante curiosidade. Eu posso começar aqui, pode até haver coincidência,
nem combinei nada com o Octavio, mas têm alguns livros que eu me interesso, eu até
anotei dois deles aqui para trazer para a nossa conversa já que você explora sempre
isso, né? Um cara que eu sou fã é do Churchill, né? Pela capacidade de liderança, de transformação
no mundo. Então eu já tive a oportunidade de ler,
veja só ele tem um livro chamado “Memórias da Segunda Guerra Mundial”, escrito por
ele, a perspectiva dele em relação à Segunda Guerra, né? Eu não estou olhando para a Segunda Guerra
desastre para a humanidade, mas eu estou olhando a visão de um estadista, a visão de um líder
para aqueles momentos e são dois volumes assim, tá? E eu li duas vezes, tá? Só para pegar os detalhes que você passa
batido na leitura. E aí um livro mais recente que eu li dele
é “Churchill e a ciência por trás dos discursos” que é um espetáculo também, né? Porque ele é um grande orador, né? É, exatamente! E ver alguns momentos como é que ele fazia,
ele transformava seus discursos ali no momento prévio, antes de entrar, às vezes ia entrar
lá no Parlamento Britânico e ali no carro mesmo ele estava fazendo modificações com
a inspiração dele para poder falar. E aí olhando… Têm outros livros aqui que a gente podia
comentar, mas olhando para um filme, tem um filme recente que me chamou muito atenção
que é o “King Richard”, a história lá da Serena e da Venus Williams… Que o pai que era o treinador, né? A crença do pai que era o treinador, claro
que ele não fez sozinho, ele fez com elas, né? Elas acreditavam naquilo e veja, Priscila,
a gente está falando tanto do empoderamento da mulher, da diversidade e tudo mais, o que
elas inspiraram, né? Toda uma geração de tenistas mulheres. Que inspiração, né? Delas, né? Para toda essa população mais jovem que
estava ali assistindo aqueles momentos, né? Então é impressionante o filme, é aquele
filme para você cinco vezes, porque você vai sempre tirar um pouco mais de lição
daquilo ali, tá? Então a minha contribuição… É muito emocionante mesmo esse filme, o quanto
o pai acreditou contra todas as adversidades… Se você pega no YouTube alguns momentos,
né? Está certo que está lá, né? O verdadeiro, né? Está certo? Que os caras se inspiraram, né? Mas a capacidade do diretor de retratar tudo
isso é impressionante lá no filme, então fica aqui a minha dica para você. Obrigado pela pergunta, Priscila. Disciplina e determinação dele e delas,
né? De acreditar num sonho que poderia transformar
a vida de todos. Foi fantástico, é muito bom! Boa dica! Eu tenho aqui quatro livros que eu gostei
muito, aliás um eu estou gostando agora, porque eu estou lendo ele agora. Mas eu queria abrir com uma exposição, eu
não estou fazendo propaganda não, mas é uma exposição que está lá no MIS que é
de Candido Portinari um grande, grandíssimo artista brasileiro. Tem toda uma parte de interação, de tecnologia,
a gente falou tanto de tecnologia, então as crianças vão gostar muito. Então quem puder ir até o Museu de Imagem
e Som e ver a exposição do Portinari é um negócio bem bacana, tenho certeza que
todo mundo vai gostar. Aí de livros, teve três que eu li que eu
acho que a gente tem que ler os três para poder entender que é o Yuval Harari. O Yuval é um cara fenomenal, são três livros
densos, 500 páginas cada livro, né? O primeiro deles é o “Sapiens”, depois
“Homo Deus” e depois “21 lições para o século 21”. São livros densos, mas o Yuval Harari tem
uma capacidade de escrever e de te envolver na história muito bacana. Então acho que vale a pena ler esses três
livros, são muito bacanas, não tem pressa de ler, vai lendo devagarzinho, mas são três
livros muito bacanas de ler. E tem um que eu comecei a ler a semana passada,
eu baixei ele e comecei a ler que eu estou adorando, quem escreveu esse livro é um cara
chamado Walter Isaacson. O Walter Isaacson ele foi diretor da CNN,
foi editor da revista Time e ele escreveu a biografia do Steve Jobs e fez a biografia
também do Einstein. E agora esse livro dele chama “Leonardo
da Vinci”, mas é uma biografia de um outro jeito, ele não olha… As pesquisas dele e todo o trabalho que ele
fez, ele não olha o Leonardo da Vinci sobre aquele ângulo de um super ser humano, sabe? Que foi dotado… Que era gênio, né? Gênio, intelectual, um dos maiores nomes
do Renascentismo, né? Mas ele não olha sobre esse prisma, ele olha
o Da Vinci sobre o ângulo de um cara curioso que não tinha nenhuma condição de estudar,
mas que era extremamente curioso, estudioso, se questionava o tempo todo. Era um inventor, né? Era um inventor, um inventor. Comecei a ler ele faz duas… Uma semana vai que eu comecei a ler, então
eu indico também porque me parece que é um livro muito, muito bom. E pelas outras obras que o Isaacson fez, eu
acho que vai ser sensacional. E você tocou no Da Vinci e não faz muito
tempo o Bradesco também patrocinou uma exposição do Da Vinci que foi incrível! Uma exposição super interativa, foi muito
aclamada né? Essa exposição que falava mais do Da Vinci
inventor, né? Engenheiro, inventor, o escafandro, a asa-delta,
o Homem Vitruviano e tantas coisas que a gente tem hoje graças… Mas o pensador aí, o Harari, que o Octavio
citou é espetacular! Aliás, ele tem falado a respeito desse movimento
da guerra, né? Fantástico! Da questão geopolítica. Ele é um grande pensador! Muito atual para o momento que estamos vivendo,
né? Sim, sem dúvida. Pessoal, estamos infelizmente chegando ao
final do nosso episódio, poderia ficar mais horas aqui batendo papo com o Octavio e com
o Marcelo. Mas, infelizmente vamos encerrar por aqui
o nosso episódio muito especial do Insights, o qual eu tive o prazer e a honra de apresentar. Então, eu gostaria de agradecer demais a
participação do Marcelo Noronha, diretor vice-presidente do Banco de Atacado do Bradesco. Obrigada, Noronha. Priscila, um grande prazer! Parabéns, novamente aí para vocês pelo
trabalho que vocês vêm desenvolvendo aqui, sempre com muito conteúdo. Eu espero estar outras vezes aqui com vocês. Muito sucesso aí! Obrigado! Vou te chamar de novo, hein?! Prazer aqui estar junto com o Octavio também,
né? Obrigado. Queria agradecer nosso diretor-presidente,
Octavio de Lazari Junior. Octavio, foi prazer e uma honra ter você
aqui com a gente no Insights. Priscila, o prazer é meu! A honra é minha de estar aqui com vocês. Obrigado, Marcelo, foi um prazer dividir esse
bate-papo com você e com a Priscila a quem agradeço e em teu nome, Priscila, quero agradecer
todo o time que faz esse evento do podcast, porque é muito bacana isso, é muito informal,
a gente se sente mais próximo, parece que está na sala de casa conversando e batendo
papo e essa é a dinâmica que a gente procurou dar. Então, vou ficar viciado e por favor me convidem
mais vezes, tá? Obrigado, gente! Obrigada por nos acompanharem ao longo desses
mais de 100 episódios e vocês que nos acompanham já sabem que toda semana nós trazemos um
episódio novo para vocês. Tchau, até a próxima.

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